28 de abr. de 2010

Petrobras e governo do Mato Grosso do Sul negociam detalhes da fábrica de fertilizantes em Três Lagoas

Assessoria

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, e a diretora de Gás e Energia, Graça Silva Foster, reuniram-se nesta terça-feira (27/4) com o governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, na sede da companhia no Rio de Janeiro, para discutir o cronograma de atividades para instalação da fábrica de fertilizantes em Três Lagoas (MS).

A unidade, que produzirá amônia e uréia a partir de setembro de 2014, é um dos quatro novos investimentos da Petrobras na área de fertilizantes para aumentar a produção brasileira e reduzir a importação. As demais unidades serão construídas em Uberaba (MG), Linhares (ES) e Laranjeiras (SE).

No encontro, ficou acertado que a prefeitura de Três Lagoas providenciará o desmembramento da escritura do terreno onde a fábrica será construída e o governo do Estado trabalhará para que a Licença Prévia e a Licença de Instalação sejam concedidas no prazo acordado, permitindo que as obras sejam iniciadas em 2011. A prefeita de Três Lagoas, Márcia Moura, os senadores Delcídio Amaral (PT) e Marisa Serrano (PSDB), e outros parlamentares do Estado participaram da reunião.

A diretora Graça Foster ressaltou que a instalação de novas fábricas de fertilizantes no Brasil é possível porque o país tem, hoje, uma infraestrutura gasífera robusta, com as malhas Centro-oeste, Sul, Sudeste e Nordeste integradas e com a oferta de gás natural assegurada pela produção nacional, a importação da Bolívia e o gás natural liquefeito (GNL). O gás natural é insumo básico para produção de fertilizantes.

A fábrica de Três Lagoas, que será abastecida pelo gás natural transportado pelo Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), terá capacidade para produzir 1,21 milhão de toneladas/ano de uréia e 81 mil toneladas/ano de amônia. Em 2009, o Brasil produziu 1,118 milhão de toneladas de uréia (626 mil toneladas em unidades da Petrobras) e importou 2,21 milhões de toneladas para atender à demanda. Já a oferta de amônia, em 2009, foi de 185 mil toneladas para uma demanda de 505 mil toneladas.

As projeções para 2015, quando as quatro novas unidades de fertilizantes estarão em funcionamento, apontam para produção de 3,659 milhões de toneladas de uréia diante de uma demanda de 4,076 milhões de toneladas. A oferta de amônia chegará a 782 mil toneladas/ano, atingindo a autossuficiência desse produto no País.

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