24 de mar. de 2010

Parlamentares discutem Mudanças Climáticas e Assentamentos Humanos, em debate no Rio de Janeiro

Assessoria

Parlamentares de vários países participaram, na tarde de terça-feira (23) da mesa redonda Parlamentares do Mundo sobre Mudanças Climaticas e Assentamentos Humanos, coordenado por Chair Peter Goetz, presidente do GPH (Global Parliamentarians on Habitat).

Única mulher presente e membro do Parlamento de Uganda, Mariam Nalubega lembrou que seu país foi afetado recentemente por um deslizamento de terra na região montanhosa do leste, matando 80 pessoas. “Temos que assegurar que a questão do assentamento seja tratada em âmbito nacional, já que 67% dos 30 milhões de habitantes são jovens desempregados. A questão é que eles se deslocam para cidades que não têm qualquer planejamento”, afirmou.

De acordo com a parlamentar, as mulheres vivem da agricultura e não têm qualquer segurança. Por isso foi estabelecido um Fundo para Mulheres apoiado pelo Habitat a fim de que possam ser assentadas nas cidades. “Aumentou a vulnerabilidade dos pobres na cidade, empurrando-os para as colinas afetadas por inundações”, lembrou. Ela destacou que foram criados conselhos municipais para ajudar os mais pobres nas áreas urbanas e ajudar as vítimas dos problemas climáticos. “Todos os cidadãos são protegidos e o parlamento tem um papel de vanguarda na questão dos desafios de mudanças climáticas”, disse.

O deputado federal Eduardo Valverde, de Rondônia, membro da Comissão da Amazônia do Congresso Nacional, destacou que a as grandes queimadas na região para expansão das fronteiras agrícolas está afetando as populações indígenas. Valverde citou alguns projetos no Congresso como a criação do Fundo Amazônico que capta recursos internacionais para financiar atividades sustentáveis na Amazônia. Outro projeto, ainda em tramitação, é o da criação de um fundo social com recursos do pré-sal para combate ao desmatamento. “Há segmentos, no entanto, que se contrapõem a essas ações, principalmente, os que defendem a expansão da pecuária e a monocultura da soja”, afirmou.

O Ministro do Desenvolvimento do Irã, Ali Niksad, deixou claro ser necessário que os países industrializados cumpram sua parte na questão dos problemas climáticos. “Eles têm que fornecer recursos, transferir tecnologia e criar fundos de financiamento."

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