Nos últimos dias, a notícia que vem invadindo as páginas dos jornais, nas editorias internacionais e econômicas, refere-se ao acidente com a plataforma de petróleo, de perfuração em águas profundas, no Golfo do México.
Ela pegou fogo, queimou durante dois dias e, em seguida, afundou cinco mil metros de profundidade. Há ainda 11 desaparecidos que não se espera encontrar. Este é considerado, até agora, o segundo maior acidente dos EUA, depois da explosão da Exxon Valdez.
A sonda pertence à Transocean, maior contratante do mundo em perfuração offshore. O equipamento foi originalmente contratado até o ano de 2013 pela BP e estava trabalhando na exploração da BP Macondo, quando o incêndio começou. O custo do aluguel diário é de cerca de U$ 500 mil.
Todo o esquema de operação, com helicópteros, navios de apoio e outros serviços, custa mais de U$ 1 milhão por dia. A estrutura representa a vanguarda da tecnologia de perfuração. É uma plataforma flutuante, capaz de trabalhar em até 10 mil pés de profundidade.
O equipamento é não ancorado, pois além de encarecer, seria pesado para suspender a amarração da carga flutuante estrutural. Em vez disso, um sistema de computador triplamente redundante usa posicionamento por satélite para controlar os propulsores potentes que mantém o equipamento na estação a poucos metros da sua localização prevista, em todos os momentos. Isso é chamado de posicionamento dinâmico.
O acidente - Acredita-se que, de alguma forma, a formação de líquidos - óleo/gás - entrou no poço e foram detectadas quando já era tarde demais para agir. Com uma configuração de plataforma flutuante de perfuração, todos os principais equipamentos de controle de pressão foram para o fundo do mar.
O equipamento de controle de pressão - o Preventers Blowout, ou "BOP", como é chamado, é acionado em caso de emergência grave. Existem vários botões de pânico que devem ser automaticamente ativado quando algo desta proporção irrompe. Nenhum deles foi aparentemente ativado, sugerindo que a explosão foi especialmente rápida.
As chamas eram visíveis até cerca de 35 milhas de distância (66 quilômetro). Não o brilho, mas as chamas,eram em torno de 200/300 metros de altura.
Tudo isso será investigado e serão alguns meses antes de todos os elementos sejam conhecidos. Por ora, basta dizer que este maravilha da tecnologia moderna, que vinha operando com um excelente histórico de segurança, foi queimada e afundada.
O poço ainda está com o petróleo fluindo, causando a enorme mancha na superfície, já fotografada pela NASA.
Os ROV (veículo submarino operado remotamente) são os mesmos usados para explorar o Titanic. Cada plataforma flutuante não tem ninguém a bordo, apenas os ROV. Estes robozinhos estão tentando fechar os poços, mas ainda não houve sucesso. Navios responsáveis pelo controle da poluição, também estão tentando controlar o vazamento.Analistas afirmam que deve demorar alguns meses para conseguir o controle total, mesmo com toda tecnologia.
As fotos a seguir mostram a evolução dos acontecimentos ao longo das 36 horas de pegar fogo a afundar.
1 de mai. de 2010
Veja as fotos das primeiras horas do acidente no Golfo do México
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QUE Deus proteja todos q trabalham em plataformas de petróleo, principalmente meu marido.
ResponderExcluirFico muito trista quando vejo isso.Mas entrego nas mãos de Jesus...