19 de mai. de 2010

Acidente com Plataforma de Gás na Venezuela não será tão problemática

Província Mariscal Sucre

O projeto de exploração de gás na Província de Mariscal Sucre (PMS), leste da Venezuela, conhecido como Província de Pária (ver mapa abaixo) teve início em 2005. Visa o desenvolvimento e a exploração das reservas de gás associado e não-associado offshore, bem como a construção de uma planta para gás natural liquefeito (GNL). É a primeira vez que a Venezuela faz exploração offshore.

A produção de gás natural prevista é de 70 milhões de pés cúbicos/dia (2,8 milhões m³/dia) , com processamento de 4,7 milhões de toneladas de GNL, 300 milhões de pés cúbicos de gás metano, para atender à demanda doméstica (empresas básicas e petroquímicas). O resto será exportado. O investimento, para toda infra-estrutura, está em cerca de U$ 2,7 bilhões, de acordo com dados da PDVSA. A área total de Mariscal Sucre é de 717 km².

A produção, em escala comercial, está prevista para ter início em 2011.

A PMS compreende a exploração de quatro campos localizados a noroeste da Península de Pária: Dragón, Patao, Mejillones e Río Caribe. No Campo Dragón serão oito poços a ser explorados, em parcerias com empresas estrangeiras, entre elas a Shell. Também há um acordo entre PDVSA e Petrobras, mas não se aplica exatamente a esta exploração.

A plataforma Aban Pearl
A plataforma semi submersível Aban Pearl pertencia à empresa Petromarine Energy Services, com sede em Cingapura, que é subsidiária da indiana Aban OffShore. São 37 embarcações similares a esta no mundo. Estava alugada para a PDVSA para a extração de gás no Golfo de Pária, leste da Venezuela, especificamente do Poço Dragão 6, em operação há apenas uma semana.

De acordo com informações do Ministro de Minas e Energia (que também é presidente da PDVSA) Rafael Ramirez, uma falha no sistema de flutuação foi detectada pouco antes da meia-noite de terça-feira, quando começou a ser sentida uma inclinação importante na plataforma.

Quando chegou a um nível de irregularidade de 10 graus, segundo a PDVSA, o sistema de segurança foi ativado automaticamente. Os trabalhadores começaram a evacuação. Ao atingir 15 graus, o tubo que vincula a plataforma ao poço foi desconectado, ajudando em sua preservação. Imediatamente o poço ficou protegido por válvulas de segurança. Por essa razão, o Ministro afirma que não ocorreu nenhum dano ao meio ambiente.

Uma semana antes de entrar em operação, a certificadora Bureaux Veritas autorizou o início dos trabalhos e estava em condições ótimas, atestando o cumprimento dos procedimentos vigentes.

96 trabalhadores estavam a bordo e todos foram retirados a salvo. O capitão e mais dois ajudantes somente deixaram a plataforma, quando esta chegou a uma inclinação de 45 graus.

O Ministro Rafael Ramirez disse que sendo apenas um poço de prova, as metas de produção da PMS não serão afetadas.


Por Fecamvenez

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agradecemos seus comentários!