31 de mai. de 2010
FPSO Capixaba
O FPSO Capixaba é afretado para a Petrobras pela empresa SBM, e operava anteriormente no Campo de Golfinho. Para aproveitar a oportunidade de antecipação de produção dos Campos de Cachalote e Baleia Franca, foi realizada uma adaptação na planta de processo da plataforma, o que viabilizou a instalação no Parque das Baleias.
O primeiro poço a produzir é o 7-CHT-5HA-ESS, com vazão inicial estimada em 22 mil barris por dia. Até o final do ano, está prevista a interligação da plataforma a um total de nove poços, pertencentes aos campos de Cachalote e Baleia Franca. Serão três poços produtores e dois injetores em Cachalote, e três poços produtores - dois destes na camada pré-sal - e um injetor em Baleia Franca. O pico de produção está programado para ocorrer em dezembro de 2010, com expectativa de volume de 100 mil barris de óleo por dia.
FPSO Capixaba
Capacidade de processamento de óleo 100 mil barris por dia
Capacidade de compressão de gás 3,2 milhões de metros cúbicos por dia
Profundidade de água 1.480 metros
Comprimento 345 metros
Altura 127 metros
Acomodações 96 trabalhadores
Capacidade de armazenamento 1.600.000 barris
28 de mai. de 2010
Petrobras compra Gás Brasiliano Distribuidora
A GBD possui a concessão das atividades de distribuição de gás natural na região noroeste do estado de São Paulo, em uma área que cobre 375 municípios e atende a demanda industrial, comercial, residencial e do setor de transportes da região. O contrato de concessão teve início em dezembro de 1999, com duração de 30 anos, podendo ser estendido por mais 20 anos. Em 2009, a rede de distribuição da companhia alcançou 734,5 km e o volume de vendas foi de aproximadamente 529 mil metros cúbicos de gás por dia.
Para a Petrobras, esta aquisição irá posicionar a empresa na atividade de distribuição no maior mercado brasileiro para o gás natural, região de São Paulo, e próximo à entrada do gás fornecido pela Bolívia e transportado pelo Gasbol e às reservas de gás da região Sudeste.
A transferência do controle estará sujeita a conclusão da transação, condicionada à aprovação dos órgãos regulatórios relevantes no Brasil.
Coppe vê Brasil melhor preparado para combater acidentes como o do Golfo do México
Apesar dos alertas feitos quanto à necessidade de aumentar a segurança das atividades petrolíferas offshore (no mar) no país, o diretor de Tecnologia e Inovação da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), Segen Estefen, disse à Agência Brasil que “não há dúvida” de que o país está melhor preparado para combater acidentes como o que vem causando derramamento de óleo na parte americana do Golfo do México há mais de um mês.
“O Brasil está melhor preparado porque tem a Petrobras - que é uma das empresas mais bem preparadas no mundo para enfrentar acidentes desse tipo. Mas é bom ressaltar: nem mesmo a Petrobras está fora do estado da arte da indústria do petróleo, ou seja, do risco. Um vazamento desse tipo em mar aberto, descontrolado, traria dificuldades semelhantes às que estão sendo enfrentadas no Golfo do México”, alertou.
Sobre os rumos que deverão ser seguidos pela indústria do petróleo nos Estados Unidos, Estefen acredita que o país ainda está em “estado de choque” e que vai levar um bom tempo para digerir e avaliar melhor os fatos.
“O que nós entendemos de mensagem do presidente dos Estados Unidos, e que também se aplica ao Brasil, é que o órgão regulador [no caso do Brasil a Agência Nacional do Petróleo, Biocombustíveis, e Gás Natural] tem que reforçar a sua atuação técnica de avaliação e prevenção de riscos”.
Para o professor, o trabalho da ANP vai além da promover leilões, regular o mercado e fiscalizar contratos.
“Ela tem que atuar avaliando os riscos e recomendando procedimentos para minimizar esses riscos. Para isso, tem que reforçar a sua equipe técnica. Acho que é sobre isso que o presidente dos Estados Unidos vem se manifestando de forma mais contundente”.
Estefen acredita que o acidente nos Estados Unidos pode, de certa forma, alterar a política americana sobre a utilização de combustíveis, direcionando-os mais para os biocombustíveis como o etanol brasileiro.
“Eu diria que todas as energias renováveis, e as de baixo carbono em geral, começam a ser beneficiadas por esse acidente e as discussões que a ele se sucederam. Mas também é fato que, sem dúvida, o mundo não poderá viver sem a energia proveniente do petróleo por pelo menos uns 30 anos”.
26 de mai. de 2010
Um pouco de Confúcio para a era dos híbridos e elétricos
E não é à toa. Um pouco antes, em 2008, o jornal ‘The Register’ noticiou que a Dinamarca lançou um projeto de eletrificação total de sua frota de veículos. A meta é que o governo daquele país implante 500 mil pontos de carga e 150 postos de troca de bateria e conceda importantes incentivos aos compradores. Já nos Estados Unidos, Barack Obama anunciou incentivos de cerca de U$ 2,4 bilhões para o desenvolvimento de baterias com maior autonomia. Aliás, por lá, vários estados já possuem objetivos de médio prazo que exigem participação crescente de veículo de emissão zero nas suas frotas.
O Japão também já está se mexendo. Recentemente, a prefeitura de Tóquio, juntamente com a empresa Better Place, especializada em serviços na área de veículos elétricos, anunciou um ambicioso projeto de eletrificação de todos os táxis da cidade, responsáveis por 20% das emissões. O projeto também inclui a construção de postos de troca de baterias. Países como China, Índia e Portugal possuem estratégias governamentais de incentivo ao uso de veículos de emissão zero, com metas arrojadas de curto de médio prazo. Todas as grandes montadoras lá fora têm importantes projetos de veículos híbridos e elétricos puros, com inúmeros lançamentos previstos para os próximos anos.
No Brasil há também algumas iniciativas, como o projeto VE da Itaipu em parceria com a Fiat e outras empresas para o desenvolvimento de carros elétricos, os projetos da CPFL Energia, também neste sentido, entre outras. A Mitsubishi, por exemplo, acaba de anunciar o lançamento futuro do I-MiEV. O movimento é intenso, mas não há ainda uma política nacional de introdução, como vemos no exterior. Mas há poucos dias, o governo anunciou que pretende lançar um programa de incentivo ao desenvolvimento de veículos elétricos no Brasil.
Enquanto isso, algumas cidades já tomam a dianteira. A prefeitura da capital paulista, por exemplo, assinou com a Renault-Nissan a compra de modelos elétricos Nissan Leaf para a frota da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) do município. Outras montadoras também anunciam a oferta de modelos híbridos no médio prazo.
As iniciativas são importantes, sem dúvida, porém, qual seria a real velocidade de introdução destas tecnologias? Há exagero ou otimismo? Haveria mesmo uma substituição total da tração veicular, ou, seguindo a sabedoria chinesa que vem de Confúcio, de haver um caminho do meio, teríamos lugar para todas as tecnologias, segundo o uso e a aplicação?
Há ainda vários problemas a serem resolvidos, como a disponibilidade de pontos de carga, a oferta de baterias, a própria tecnologia para maior autonomia do veículo etc. Mas é para isso que a engenharia existe, ou seja, resolver problemas! Inclusive, os engenheiros se reunirão em outubro próximo para debater o assunto e seus desdobramentos do ponto de vista das montadoras, sistemistas e concessionárias de energia elétrica em um dos painéis do Comitê de Veículos Leves do Congresso SAE BRASIL 2010, que será realizado em outubro, em São Paulo.
Os veículos elétricos não são novidade. Na verdade, se desenvolveram simultaneamente aos de combustão interna, por volta de 1873. O auge foi entre 1900 e 1913, mas houve um declínio com a descoberta das grandes reservas de petróleo no Texas, nos Estados Unidos, e a introdução dos motores de partida em 1911.
Na década de 1970 houve um recomeço, com a crise do petróleo e, atualmente, vivemos um período de renascimento dos elétricos, sejam híbridos (com motor a combustão que pode efetuar a tração juntamente com o motor elétrico, ou apenas servir de auxiliar na carga das baterias), ou os elétricos puros, com bateria. Há também a célula de combustível, que ainda está em seus primórdios.
Sem dúvida, os veículos elétricos têm grande apelo na questão do aquecimento global, dispensa série de sistemas químicos e mecânicos no veículo, mas o ‘calcanhar de Aquiles’ ainda é a questão da autonomia, que já vem sendo resolvida. Muito já se caminhou e hoje já se alcança autonomia na faixa dos 150 km. Além disso, há grande movimento na estratégia de baterias intercambiáveis, como no projeto dos táxis de Tóquio.
Certamente se trata de campo palpitante, cujos desdobramentos ainda estamos assistindo, mas que deverão mudar consideravelmente o panorama do setor. Como em toda mudança de paradigma, há resistências e céticos, porém, a julgar pela quantidade de iniciativas globais, certamente esse é um caminho sem volta.
25 de mai. de 2010
O futuro da sustentabilidade na indústria de alimentos
São Paulo, 25 de maio de 2010. A Global Reporting Initiative (GRI) – entidade que estabelece os indicadores de sustentabilidade mais aceitos e empregados no mundo – lançará, durante a Conferência Global em Sustentabilidade e Transparência, que ocorre em Amsterdam entre os dias 26 e 28 de maio, o suplemento especial para o Setor de Alimentos. A nova publicação possibilitará que empresas de processamento de alimentos possam medir e demonstrar seu desempenho numa ampla gama de indicadores econômicos, ambientais e sociais comparáveis e de relevância setorial em todo o mundo.
Aumenta a consciência dos consumidores pelos alimentos
A tendência global no caminho da consciência ambiental, aliada ao aumento da conscientização dos consumidores e seu interesse em entender como os alimentos que consomem são produzidos, mostra que as empresas de processamento de alimentos estão diante de novas expectativas. O suplemento vai facilitar o relato efetivo para o setor e ajudará as companhias de processamento de alimentos a comunicar seu desempenho econômico, ambiental e social de maneira proativa.
As áreas do setor cobertas incluem saúde e segurança do consumidor, mão de obra, alimentos acessíveis, rotulagem de produtos e serviços, sanidade animal, e gestão da cadeia de suprimentos para diversos tipos de produtos, tais como os agrícolas, frutos do mar, carne, aves, bebidas e ingredientes.
Um grupo de trabalho composto por 20 especialistas de empresas de processamento de alimentos, entre elas a Bunge, bem como representantes de diversos grupos de stakeholders setoriais, desenvolveu o suplemento durante um período de dois anos. As primeiras versões atraíram comentários públicos de mais 150 especialistas ao redor do mundo. “As empresas de processamento de alimentos, que trabalham diretamente com fornecedores de produtos agrícolas, podem influenciar os efeitos locais da produção de alimentos”, destaca Maaike Fleur, Gerente de Suplementos de Setores da GRI.
“Além da rica troca de experiência setorial, esclarecendo o grupo sobre a realidade brasileira, a Bunge teve importante papel nas discussões relativas à originação de grãos e relacionamento com produtores rurais, uma vez que o Brasil é foco constante do interesse mundial sobre esses temas”, revela Adalgiso Telles, diretor de Assuntos Corporativos e Sustentabilidade da Bunge. Na opinião do executivo, o suplemento deve contribuir para a valorização do trabalho desempenhado pelo setor no País, composto por indústrias de qualidade reconhecida internacionalmente.
Integram o grupo de trabalho, as seguintes instituições e empresas além da Bunge Brasil: Allianz Global Investors, Archer Daniels Midland, Compassion in World Farming, Danisco, Findus Group, Green Mountain Coffee Roasters, FNV Bondgenoten, Interface Trading, International Fair Trade Organization, International Federation of Agricultural Producers, International Union for Conservation of Nature, Nestlé, New York University, Punjab Education Sector Reform Program, Société Générale de Surveillance, Tyson Foods, Wilmar e WWF.
Sobre a GRI
A Global Reporting Initiative foi pioneira com o desenvolvimento da Estrutura de relatório de Sustentabilidade mais utilizada do mundo e está comprometida com sua melhoria contínua e sua aplicação em nível mundial. Esta estrutura estabelece os princípios e os indicadores que as organizações podem utilizar para medir e reportar seu desempenho econômico, ambiental e social. Para maiores informações sobre os indicadores GRI, contate o Ponto Focal da organização no Brasil pelo e-mail Terreo@GlobalReporting.org.
Sobre a Bunge Brasil
A Bunge Brasil mantém investimentos expressivos em todos os seus setores de atuação e vem contribuindo de maneira substancial para o saldo positivo da balança comercial e para as divisas da economia nacional. Presente no Brasil desde 1905 é uma das principais empresas do agronegócio e uma das maiores exportadoras do País. Atua nos setores de fertilizantes, agronegócio, alimentos, ingredientes, açúcar e bioenergia. Está em 16 estados de todas as regiões brasileiras, e possui hoje mais de 17 mil colaboradores e centenas de unidades, entre indústrias, centros de distribuição, silos e instalações portuárias.
Veja a entrevista do ministro de minas e energia do Qatar
Q: How has the decline in gas prices impacted the Qatari industry?
A: Prices have declined, because of the technological developments in the shale gas industry, which have lowered natural gas prices, especially in the liquid US markets.
However, most of our gas exports are to Asian markets, and they are either priced in accordance with crude oil prices, or are at parity with crude prices, or are related to crude oil price formulas. So the prices to Asia rise or decline with the changes in crude oil prices. On the other hand, the contracts to the US are in accordance with Henry Hub prices. But, technically, all Qatari gas is sold out. We have conditions in the contracts with the US off‐takers, which state that if we are able to have better prices, related to oil, in other markets, then we can divert our exports. We have this crude oil formula related clause in our contracts, particularly in the US market and some of the European markets, which enable us to divert our exports.
Q: You have this diversion clause, even though these are long term agreements?
A: Yes. We have this clause, especially in the US contracts. Of course, in some of the European agreements, for example those with Italy, these are long term contracts and they are already tied to crude oil prices. Our new contract with Poland is also oil‐related. Now, we have already started to divert supplies from the US market. We have agreed with China to export 5mn tons/year and with Poland for 1mn t/y. We are also negotiating to export an additional 7mn t/y to China, and to India an additional 4mn t/y. There are negotiations with other Asian markets for an additional 3‐4mn t/y. We may divert 12‐20mn t/y from the US market. This means our gas exports to the US would remain in the range of 6mn t/y.
Q: Does this mean the decline in US natural gas prices is not impacting your overall gas revenue?
A: No, it has not. We are integrated gas producers. We produce LNG, petrochemicals, LPG, ethane, helium, and soon we will be producing more GTL. So, although the decline has not generally impacted our revenue, we try to get a just price gas for our exports.
Q: What is a just gas price?
A: We consider a just gas price one that is related to the price of crude oil. Such a price would stabilize the gas market. Gas is a clean energy, and one much in demand because of its many preferred qualities. It has several comparative advantages. Hence, we want gas prices to be equated to those of crude oil. We are not asking for a premium. What we are calling for is that gas be treated in a similar way to oil.
Q: What was the discussion about in Oran, Algeria, during the recent ministerial meeting of the Gas Exporting Countries Forum (GECF)?
A: GECF is an organization still evolving, and is concerned with discussions and the exchange of views.
GECF, like OPEC, is a consultative body, until you have an agreement. Then that agreement is binding to the member countries.
Q: There was dissatisfaction among some GECF member countries regarding the gas price?
A: Yes. When we talk about a just price, we aim to safeguard the gas market. If gas prices deteriorate sharply, then you cannot meet the cost of producing it. It will be difficult to produce it at an economic price.
It is this fear, which should concern consuming countries also, since they recognize the comparative advantages of gas as a fuel to the environment; hence, there should be price formulas to replace gas. There should be more fairness in pricing gas, not a premium. A price that will cover its production cost. If gas has environmental advantages and is clean, its price should reflect these advantages, in comparison to related petroleum products.
Q: Why this concern now? Is it because of the technological breakthroughs in shale gas technology?
A: Yes, obviously. The US produces much shale gas. But its production is expensive. It has an impact on the natural surroundings around it. What is the impact of this sustained production on the surface and topography of the land? However, despite shale gas, the markets are still much in need of conventional gas.
Conventional gas is a sustainable supply. If gas prices continue deteriorating, it will impact the economics of producing shale gas. If these lower natural gas prices continue, they may have to shut down much of the shale gas production. We must not have gas‐to‐gas competition. Then, either one of them will be the loser, or both of them will lose. In essence, it is not practical to have competition between shale and conventional gas.
The end result of such a competition is that either one of them would be the loser, or both of them would lose. As a large gas producer, we have to adapt to changes, and we have to diversify our products and TOP STORIES MEES 53:21 24 May 2010 ©Middle East Petroleum and Economic Publications (Cyprus) Ltd 3 Reproducing MEES Is Strictly Prohibited www.mees.com markets. GTL will be producing oil products. We also produce petrochemicals, as well as serve the aluminum industry. All of this, along with expanding our LNG export capacity and exporting natural gas by pipeline to regional markets (the Dolphin project). We have not, and do not intend to have, a passive policy.
We aim to diversify our markets, enter new ones; and, most importantly, be ready to encounter new changes and developments. You know, even if you treat gas in parity with oil prices, it is cheaper than using naphtha or diesel. This is not to mention that gas is cleaner. So gas is less expensive and cleaner than the alternatives.
Hence, I am not worried about the gas industry because the gas industry is evolving and expanding; many new markets are emerging – not only in Asia, but also in the Middle East. Basically, there is much demand for gas, and many new markets are opening up.
Q: Is the gas industry passing through similar cycles of the oil industry? Boom or bust?
A: Not really. The demand is still large for gas, and expanding fast. Qatar, for example, is technically sold out, except for the diversions.
Q: What do you mean by ‘technically sold out’?
A: The off‐taker in the US, according to the long‐term take or pay contracts, must take the whole agreed upon volume, in accordance to the Henry Hub price. But there are conditions, so that I have the right to divert if I reach agreement with any country, if I can sell the gas on the basis of parity with crude oil.
Q: Does this apply to all Qatari gas exports, including that sold by Qatargas and RasGas?
A: Yes.
Q: What are your plans for oil and gas production capacity expansion?
A: We plan to produce 77mn t/y of LNG by the end of the year. We have two trains under construction. The first will be commissioned soon, in June. The other one in September 2010. As for oil, we are planning to reach a capacity of 1mn b/d early next year.
24 de mai. de 2010
Numa decisão corajosa, que contrariou interesses poderosos, a Justiça Federal de Foz do Iguaçu julgou prescrito o prazo para que o Consórcio Itaipu de Transportes Especiais (CITE), liderado pela Superpesa, e o Consórcio Itaipu Eletromecânico (CIEM), coordenado pela Alston Power e a Voith Siemens, dentre outras empresas, acionassem a Itaipu Binacional.
Os consórcios responsáveis pela montagem e transporte das unidades geradoras de Itaipu eram autores de uma ação indenizatória milionária, de aproximadamente R$ 200 milhões, em valores corrigidos, por alegados prejuízos decorrentes da alteração do cronograma original do contrato de fornecimento das máquinas.
Em sentença assinada no dia 13 de maio, a juíza federal Luciana da Veiga Oliveira, da Vara Federal de Foz do Iguaçu, considerou improcedente a ação por prescrição de prazo. A juíza condenou ainda os consórcios ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios, estes fixados em 10% do valor total da causa, cerca de R$ 20 milhões, segundo cálculos estimados.
Desde 1993, Itaipu participava de negociações com o Consórcio CITE, mas ressalvando sempre que não havia firmado contrato com aquelas empresas, e sim com o CIEM, formado pelas fabricantes das unidades geradoras. Era o CIEM que tinha o contrato com as transportadoras para trazer os equipamentos das fábricas até a usina. Atrasos no cronograma, portanto, teriam que ser resolvidos entre ambos os consórcios.
No entanto, em 2005, os dois consórcios se juntaram na ação judicial contra Itaipu. Para isso, contrataram um dos maiores escritórios de advocacia do Brasil, com sede em São Paulo, que por sua vez subcontratou um grande escritório de Curitiba.
Suborno de perito
O diretor jurídico da Itaipu, João Bonifácio Cabral Júnior, lembra que, durante a coleta de provas periciais, os assistentes dos autores da ação chegaram a subornar um perito de contabilidade indicado pela juíza. Um escritório pericial de Curitiba procurou o diretor jurídico para contar o que havia acontecido. Com base no testemunho de representantes desse escritório, os advogados de Itaipu denunciaram o perito ao Ministério Público Federal. O perito foi destituído pela juíza e sua perícia foi desconsiderada, como informa a juíza em sua sentença.
Pendências
A Alston e a Siemens são as principais empresas que formam tanto o Consórcio CIEM, da época da construção da usina, como o Consórcio Ceitaipu, que fabricou e instalou as duas últimas unidades geradoras.
Entre as pendências do Consórcio Ceitaipu com Itaipu está o sistema Mondig, que até hoje não funcionou, embora esteja totalmente pago.
Agora, contra o consórcio, pesam o valor das custas judiciais desta ação - R$ 20 milhões, aproximadamente - mais US$ 14 milhões da multa pelo atraso na entrega das unidades geradoras 9A e 18A. Se o consórcio não pagar no prazo, fixado em 15 dias, Itaipu entrará com ação para receber via judicial.
Evolução dos contratos de energia abre o 6º Congresso do IBDE
O evento reúne representantes do governo, advogados, empresários e profissionais da indústria de energia, nesta segunda e terça-feira (17 e 18), na sede da federação.
Durante a palestra de abertura, Maria D'Assunção Costa, presidente do IBDE, lembrou que há pouco mais de uma década o setor sofria com a falta de regras para elaboração dos contratos.
Em sua avaliação, os modelos vigentes são um pouco complexos e podem, com o passar do tempo, ser reformulados. “Os contratos sofrem interferência dos atores sociais e, por isso, precisam ser constantemente atualizados”, lembrou.
Carlos Cavalcanti, diretor-titular do Departamento de Energia da Fiesp, iniciou sua apresentação destacando a importância das matrizes energéticas brasileiras, que, muitas vezes, utilizam recursos naturais como a água – responsável por 85% da produção – ofertando uma energia mais limpa e sustentável.
Destacou ainda os avanços no programa de etanol e as novas tecnologias desenvolvidas pelo setor, que hoje superou o consumo de gasolina no mercado interno: “O sucesso do nosso programa de etanol nos coloca numa posição absolutamente única na história, na qual apresentamos ao mundo uma alternativa de combustível”, disse Cavalcanti.
Guilherme Estrada Rodrigues, consultor jurídico do Ministério de Meio Ambiente (MMA), afirmou que um dos grandes avanços no marco regulatório do setor de energia foi o decreto 5.163, que determina a publicação nos editais de concessões de licenças prévias, possibilitando um parâmetro de segurança jurídica e econômica para indústria de energia.
“Por isso é importante que o Ministério de Minas e Energia esteja intensamente ligado ao Ministério do Meio Ambiente na definição do marco estratégico, que leva ao licenciamento e à concessão dos aproveitamentos do setor elétrico”, afirmou Rodrigues.
Indústria propõe a modernização do Código Florestal
Salvador (21/5/2010) - A atualização do Código Florestal para atender às especificidades de cada região do país e a construção de uma política nacional de resíduos sólidos com o envolvimento de toda a cadeia produtiva e da sociedade estão entre as propostas da indústria para o Brasil crescer de forma sustentável. As sugestões foram debatidas e consolidadas na 2ª Conferência da Indústria Brasileira para o Meio Ambiente (CIBMA), que começou na quarta-feira, 19 de maio, e terminou nesta sexta-feira, 21 de maio, em Salvador.
No evento, realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), empresários, presidentes de federações, de associações, de sindicatos e governo debateram propostas para as políticas ambientais e de recursos hídricos divididos em cinco grandes temas: biodiversidade e florestas, gestão ambiental, mudanças climáticas, responsabilidade ambiental compartilhada e recursos hídricos. O diretor de Operações da CNI, Rafael Lucchesi, disse que a questão ambiental é uma das prioridades da agenda da indústria e as discussões da CIBMA orientarão a atuação da CNI, das federações de indústria e entidades associadas.
As propostas consolidadas no evento serão encaminhadas aos candidatos à Presidência da República. “Nosso objetivo não é só entregar o documento aos presidenciáveis. A indústria quer chamar a atenção da sociedade para esse grande debate em relação ao futuro”, afirmou Lucchesi. Segundo ele, é fundamental um diálogo aberto entre o setor produtivo, governo e sociedade em torno de uma agenda para o futuro.
A gerente da Unidade de Meio Ambiente da CNI, Grace Dalla Pria, destacou o caráter coletivo da construção das propostas. “Não é a CNI propondo o que acha prioritário, mas atuando nesse debate como facilitador da agenda ambiental e procurando ouvir os colegas que estão na ponta”, disse Grace. As sugestões da indústria fechadas durante a CIBMA foram previamente debatidas em encontros regionais realizados entre os dias 7 e 16 de abril deste ano.
PROPOSTAS – As sugestões da indústria foram consolidadas em dez pontos básicos. Em um deles, a indústria defende a atualização do Código Florestal, que é de 1965. A idéia é adequar a legislação à realidade de cada região. Um exemplo é o que ocorre no estabelecimento da distância entre as áreas de preservação permanente (APPs) e onde pode haver construção. A distância entre as áreas de construção e os rios, por exemplo, deve variar segundo as singularidades de cada local de forma a não provocar danos ambientais. “A indústria não quer desconsiderar o Código Florestal, mas atualizá-lo para o desafio de hoje”, acrescenta Grace.
Rafael Lucchesi salienta que é possível inserir atividades econômicas em cadeias globais de valor que garantam o crescimento econômico associado à preservação ambiental e à inclusão social. “Temos de ter uma agenda ganha-ganha”, destaca Lucchesi. Segundo ele, existem formas de aproveitar os ativos ambientais, como a floresta, de maneira inteligente, com domínio de conhecimentos, para gerar produtos de maior valor agregado, preservando o meio ambiente e integrando a comunidade. “Existem formas inteligentes de construir o futuro”, destaca Lucchesi.
Outra proposta da indústria é a aprovação da política nacional de resíduos sólidos. Grace explica que é possível uma abordagem que envolva toda a cadeia produtiva, a sociedade e o governo. Esse envolvimento permitiria chegar a soluções mais efetivas sobre o destino dos resíduos. O governo também poderia participar concedendo incentivos fiscais.
A indústria entende também que pode participar na definição dos coeficientes de eficiência hídrica atualmente em fase de elaboração, como o uso de água no processo produtivo. Esse critério deverá ser usado no processo de licenciamento ambiental. Segundo Grace, a contribuição da indústria permitirá definir coeficientes adequados à realidade de cada região e que respeitem as características de cada setor.
Entre as sugestões de mudanças climáticas, a indústria apóia e entende que as metas de emissões de gases do efeito estufa sejam definidas conforme a viabilidade econômica de cada setor, para que cada empresa atenda a uma meta possível sem perder competitividade no mercado mundial. Grace explica que algumas metas podem comprometer a competitividade do Brasil diante de países como a China, Índia e Rússia.
No que diz respeito à gestão ambiental, uma das sugestões da indústria será o pagamento por serviços ambientais, tal como proteção de matas ciliares. Essa espécie de pagamento poderá ser feito de várias formas, a exemplo da criação de fundos de incentivos.
Dia do Estatístico debate a pós-graduação e a inserção no mercado de trabalho
No dia 28 de maio, acontece na UFSCar o workshop "Dia do Estatístico", com palestras e mesas-redondas que abordam o mercado de trabalho e as possibilidades de carreira acadêmica para os estatísticos. O evento é organizado pelo Departamento de Estatística (DEs) da UFSCar e aberto a todos os interessados.
Na parte da manhã, acontecem no Anfiteatro Bento Prado Júnior debates sobre a inserção do estatístico no mercado de trabalho e a pós-graduação em Estatística. A partir das 8h45, Pedro Ferreira Filho, professor do DEs, coordena a mesa-redonda "Desafios do Estatístico no Mercado de Trabalho", que conta com a presença de representes do Conselho Regional de Estatística e das empresas Serasa - Experian, Whirlpool de Rio Claro e Seguros Unimed. Às 10h45, acontece a mesa-redonda "Uma Reflexão sobre Pós-Graduação em Estatística no Brasil", mediada por Josemar Rodrigues, também professor do DEs.
Na parte da tarde, a partir das 13h30, serão organizadas palestras com os professores Francisco Cribari-Neto, do Departamento de Estatística da UFPE, e Fábio Prates, do Departamento de Estatística da USP, além de representantes das empresas Statistica, SAS e Itaú-Unibanco. Também estão programadas homenagens aos docentes do DEs Jorge Oishi e Lael de Oliveira e a inauguração do novo prédio do Departamento.
As inscrições já estão abertas e podem ser feitas no site do Programa de Educação Tutorial do curso de Estatística da UFSCar, em http://petestatistica.weebly.com. No portal também está disponível a programação completa das atividades. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 3351-8241.
23 de mai. de 2010
Plano decenal prioriza autosuficiência e diversificação da matriz energética do País
De acordo com o plano, divulgado nesta quinta-feira (20), todas as capitais do país estarão conectadas ao sistema interligado nacional, garantindo a todas os mesmos suprimentos até 2019. A matriz energética renovável ficou em 47,2% em 2009. Esse índice para os países desenvolvidos é de 7%.
Investimentos
O plano estima um investimento total na ampliação do parque energético nacional de R$ 951 bilhões, entre projetos nas áreas de energia elétrica, petróleo, gás natural e biocombustíveis. Desse total, R$ 672 bilhões estão previstos para o setor de petróleo e gás natural, já contando com a exploração, produção e distribuição.
O PDE 2010/2019 prevê, ainda, investimentos no setor elétrico da ordem de R$ 214 bilhões nos segmentos de geração e transmissão de energia elétrica, sendo R$ 175 bilhões em geração elétrica e R$ 39 bilhões em transmissão de energia elétrica. Quanto aos biocombustíveis até 2019, estão previstos investimentos de R$ 66 bilhões, representando 7% dos investimentos totais na expansão de energia.
Projeções
No período de 2010 a 2019, foi projetado um crescimento da demanda de energia elétrica de 5,1% ao ano, o que torna necessário agregar anualmente o equivalente a 7.100 MW de nova capacidade. Desse total da expansão, 79% se dá por fontes renováveis, o equivalente a 55.800 MW.
Em relação a Angra III, o relatório mostra que a usina está prevista para entrar em operação em 2015. Na área do petróleo, a previsão é que até 2019 a produção salte dos atuais 2 milhões de barris/dia para 5,1 milhões barris/dia. Já a produção brasileira de gás natural deve chegar a 116 milhões de m3/dia em 2019. Atualmente, a produção é de 56 milhões de m3/dia. A previsão para expansão do etanol é de 64 bilhões de litros até 2019. Em 2009 foram produzidos 26 bilhões de litros.
Petrobras vai produzir biodiesel em Portugal a partir do dendê Publicidade
A Petrobras irá produzir biocombustíveis em Portugal a partir do dendê cultivado no Brasil. A empresa assinou acordo com a Galp Energia na última quarta-feira.
De acordo com a estatal, o projeto prevê a instalação de uma unidade de produção na refinaria de Sines, em Portugal, com capacidade de produção de cerca de 260 mil toneladas de biodiesel (green-diesel) ao ano.
"A estratégia de suprimento da unidade de biodiesel em Portugal prevê a implantação de um pólo agro-industrial no Brasil para cultivo da palma (dendê), com produção de cerca de 300 mil toneladas/ano de óleo de palma no estado do Pará e investimentos estimados em US$ 290 milhões no Brasil", informa em comunicado.
Segundo a Petrobras, o investimento total estimado para o projeto é da ordem de US$ 530 milhões, a ser realizado em partes iguais pelas empresas.
20 de mai. de 2010
Financial Times divulga e-mail do presidente da BP acalmando seus funcionários
I have said all along that we will be judged by how we respond, and that remains the case. The strength of the BP balance sheet allows us to take on this responsibility. I know that many of you have questions about how this incident will impact BP, your jobs, pensions, and our future plans. We have demonstrated robust cash flow generation over the past few quarters and at the end of 1Q our gearing ratio was below our 20 to 30% target range, at 19% or some $25 billion. We can therefore afford to do the right thing, and we will do just that - our financial strength will also allow us to come through the other side of this crisis, both financially secure and stronger as a result of what we have learned from this tragic incident and how we have responded.
(...)
The financial scale of our response is just one illustration of the serious way in which we are stepping up to our responsibility to clean up the spill and mitigate its impacts.
Moneyfit promove seminário sobre Bolsa de Valores
O encontro é voltado para empresários, empreendedores, estudantes de finanças e economia e pessoas que tenham interesse na aquisição de ações ou que se interessam pelo mercado financeiro. Os inscritos no seminário ganharão gratuitamente um exemplar do livro MoneyFit da editora Matrix. As inscrições podem ser realizadas pelo telefone : 11 2359.9343 ou pelo site http://www.moneyfit.com.br/
Sobre o MoneyFit
O MoneyFit, programa integrado de desenvolvimento pessoal e financeiro, além de ensinar cada pessoa a poupar, prepara os alunos para identificar as grandes oportunidades de negócios ou não, como se posicionar em relação aos “altos e baixos” da vida e como gerar as boas oportunidades dentro e fora do ambiente de trabalho. O aluno após a vivência desse método aprenderá a controlar seu dinheiro, construir bons relacionamentos, a identificar pessoas, atrair e aproveitar oportunidades dentro e fora do ambiente de trabalho, ganhar ambição de forma sustentável e finalmente passar de devedor para aplicador.
Quem Faz o MoneyFit
Andre Massaro é conferencista, palestrante e coach. Criador do programa integrado de desenvolvimento financeiro MoneyFit®, atua na área de finanças há mais de quinze anos.Administrador com pós-graduação em Economia, já foi executivo financeiro de empresas e instituições financeiras. Atualmente atua como trader independente de derivativos na bolsa de valores e como consultor de finanças pessoais, utilizando o método MoneyFit®. É autor do livro MoneyFit (Editora Matrix).
Antonio Fernando De Julio é conferencista, palestrante e coach. Criador do programa integrado de desenvolvimento financeiro MoneyFit®, atua na área de finanças há seis anos. Tem como formação a análise de sistemas e a publicidade, atua como trader independente de ações e opções na Bovespa e como consultor de finanças pessoais, utilizando o método MoneyFit®. Tem interesse nas áreas de finanças pessoais, desenvolvimento pessoal, educação e empreendedorismo.
Serviço: Seminário de Introdução à Bolsa de Valores
Duração: 8 horas/aula.
Data: 22/05/2010
Horário: das 9:00 as 18:00
Local: Av. Paulista, 2006 - 17o andar - Esquina com Frei Caneca - Estação Consolação Metrô
Inscrições pelo telefone : 11 - 2359.9343
Email: contato@moneyfit.com.br
Site: www.moneyfit.com.br
19 de mai. de 2010
Acidente com Plataforma de Gás na Venezuela não será tão problemática
O projeto de exploração de gás na Província de Mariscal Sucre (PMS), leste da Venezuela, conhecido como Província de Pária (ver mapa abaixo) teve início em 2005. Visa o desenvolvimento e a exploração das reservas de gás associado e não-associado offshore, bem como a construção de uma planta para gás natural liquefeito (GNL). É a primeira vez que a Venezuela faz exploração offshore.
A produção de gás natural prevista é de 70 milhões de pés cúbicos/dia (2,8 milhões m³/dia) , com processamento de 4,7 milhões de toneladas de GNL, 300 milhões de pés cúbicos de gás metano, para atender à demanda doméstica (empresas básicas e petroquímicas). O resto será exportado. O investimento, para toda infra-estrutura, está em cerca de U$ 2,7 bilhões, de acordo com dados da PDVSA. A área total de Mariscal Sucre é de 717 km².
A produção, em escala comercial, está prevista para ter início em 2011.
A PMS compreende a exploração de quatro campos localizados a noroeste da Península de Pária: Dragón, Patao, Mejillones e Río Caribe. No Campo Dragón serão oito poços a ser explorados, em parcerias com empresas estrangeiras, entre elas a Shell. Também há um acordo entre PDVSA e Petrobras, mas não se aplica exatamente a esta exploração.
A plataforma Aban Pearl
A plataforma semi submersível Aban Pearl pertencia à empresa Petromarine Energy Services, com sede em Cingapura, que é subsidiária da indiana Aban OffShore. São 37 embarcações similares a esta no mundo. Estava alugada para a PDVSA para a extração de gás no Golfo de Pária, leste da Venezuela, especificamente do Poço Dragão 6, em operação há apenas uma semana.
De acordo com informações do Ministro de Minas e Energia (que também é presidente da PDVSA) Rafael Ramirez, uma falha no sistema de flutuação foi detectada pouco antes da meia-noite de terça-feira, quando começou a ser sentida uma inclinação importante na plataforma.
Quando chegou a um nível de irregularidade de 10 graus, segundo a PDVSA, o sistema de segurança foi ativado automaticamente. Os trabalhadores começaram a evacuação. Ao atingir 15 graus, o tubo que vincula a plataforma ao poço foi desconectado, ajudando em sua preservação. Imediatamente o poço ficou protegido por válvulas de segurança. Por essa razão, o Ministro afirma que não ocorreu nenhum dano ao meio ambiente.
Uma semana antes de entrar em operação, a certificadora Bureaux Veritas autorizou o início dos trabalhos e estava em condições ótimas, atestando o cumprimento dos procedimentos vigentes.
96 trabalhadores estavam a bordo e todos foram retirados a salvo. O capitão e mais dois ajudantes somente deixaram a plataforma, quando esta chegou a uma inclinação de 45 graus.
O Ministro Rafael Ramirez disse que sendo apenas um poço de prova, as metas de produção da PMS não serão afetadas.
Por Fecamvenez
China pode se tornar a maior compradora de gás do Qatar
Estes contratos apenas serão possíveis, devido ao investimento em exploração e produção. Andrew Pearson, da Consultoria Wood Mackenzie, informou que o país tem uma posição importante e estatégica. "Toda a infra-estrutura está deenvolvida e há gás. Diferente do que acontece na América do Norte, cujos projetos mudaram".
A informação completa pode ser vista:
http://www.ft.com/cms/s/0/817864be-6290-11df-991f-00144feab49a.html
Fracassa plano de compra. Peabody Energy's não fecha acordo com Mecarthur
http://link.ft.com/r/QM42II/V1OO3F/2UYW7/40XXPS/26V6JH/W1/h
18 de mai. de 2010
BP anuncia possível controle de vazamento no Golfo do México
http://www.ft.com/cms/s/0/26d3b238-61e2-11df-998c-00144feab49a.html
Questão nuclear pode abalar relações Japão-China
http://www.ft.com/cms/s/0/7281d970-61d4-11df-998c-00144feab49a.html
13 de mai. de 2010
Crise econômica fortaleceu bancos de desenvolvimento, afirma Roberto Smith
Ele iniciou nesta quinta-feira as atividades da 40ª Reunião Ordinária da Assembleia Geral da Alide, que reuniu, na sede do Banco do Nordeste, representantes de instituições financeiras internacionais e autoridades locais para discutir o tema “O Financiamento do desenvolvimento latinoamericano além da crise: Novas áreas de atuação dos bancos de desenvolvimento”.
Na oportunidade, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, que proferiu a palestra de abertura, disse que os bancos de desenvolvimento desempenharam uma importante função anti-cíclica, contrabalanceando a contração do crédito privado, fato relevante para a superação da crise.
Ele prevê um crescimento da economia brasileira em 5,5% a.a, no período de 2010 a 2014, puxado principalmente pelos setores de petróleo e gás, energia elétrica, logística, construção de casas e agronegócio. Coutinho destaca como grandes desafios para o País a necessidade recuperar e qualificar o planejamento de longo prazo, o desenvolvimento da capacidade de inovar e competir da indústria manufatureira e de sua presença internacional, bem como o incentivo à inovação voltada para a sustentabilidade social e ambiental, entre outros.
Para a chefe da Assessoria Econômica do Ministério do Planejamento, Ana Teresa Holanda de Albuquerque, também presente no encontro, o novo papel dos bancos de desenvolvimento passa pela atuação em atividades complementares às dos bancos comerciais privados, como capitais de curto prazo para agricultura e às exportações, e desenvolvimento de infra-estrutura para integração entre países vizinhos, entre outros.
Segundo ela, a redução da oferta de crédito privado permitiu aos bancos públicos suprirem o volume necessário para evitar a paralisação da economia. Assim, a participação do setor público, que era de 34,2% do total do Sistema Financeiro Nacional em 2008, passou para 41,6% em março deste ano.
Ana Tereza destacou a forte atuação do Banco do Nordeste e do Banco da Amazônia (Basa), que juntos foram responsáveis por um acréscimo de 28% ao ano, nos recursos voltados para os setores industriais, habitação e de investimentos, entre 2004 e 2009. No ano passado, as duas instituições aplicaram R$ 16,3 bilhões nestes setores. Neste ano, a cifra já atinge o montante de R$ 14,5 bilhões.
“O Programa Crediamigo, por exemplo, tem se mostrado uma experiência de sucesso no Brasil e exemplo para outros países na oferta de crédito para a população de menor renda”, acrescentou Ana Tereza, lambrando que, em 2009, os valores desembolsados pelo programa na economia nordestina atingiram R$ 1,5 bilhão e sua carteira de empréstimos cresceu 39% no ano.
Novos modelos
Os participantes examinaram a ação dos bancos de desenvolvimento no impulso a novos setores produtivos e modelos de negócios compatíveis com o meio ambiente, o apoio ao processo de descentralização produtiva com inclusão social, e a adequação das instituições financeiras aos novos padrões de regulamentação bancária internacional.
Entre outras ideias, Roberto Smith defendeu a transição de um modelo de crescimento econômico sustentado na produção e exportação de produtos baseados na expoloração de recursos naturais, para um modelo em que a verdadeira competitividade e inserção da economia mundial passa pela produção de bens e serviços com maior valor agregado.
“Como era de se esperar, os bancos de desenvolvimento atuarão em sistemas financeiros pós-crise que experimentarão grandes mudanças relacionadas à gestão, desenvolvimento de produtos financeiros, governança corporativa, controle e administração de riscos, incluindo regras de supervisão e regulação bancária diferentes das que prevaleceram nas últimas décadas”, complementou Smith.
CERTIFICAÇÃO É DIFERENCIAL DE MERCADO
A consciência do consumidor no que se refere à importância da aquisição de produtos certificados e ambientalmente corretos ainda deve demorar pelo menos uma década para se concretizar, disse o presidente da Tetra Pak, Paulo Nigro, um dos palestrantes do encontro. Porém, as empresas precisam se antecipar a isso. “Quem não estiver focado nos pilares ambiental e social, além do econômico, deixará de existir num prazo muito curto”, afirmou Nigro. “O apoio ao manejo sustentável é um diferencial de mercado. As empresas que utilizam produtos certificados terão preferência pelas empresas internacionais e terão vantagem competitiva em suas exportações”, acrescentou.
Cerca de 80% da madeira proveniente da floresta amazônica é ilegal, extraída de forma predatória ao meio-ambiente e através da exploração irregular da mão-de-obra da população local. Os dados foram apresentados pela diretora do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), Luciana Maria Papp. Além disso, explicou ela, 56% das emissões de gás carbônico na atmosfera são provenientes do desmatamento das florestas brasileiras.
O setor de construção civil absorve pelo menos ¾ da madeira ilegal comercializada no País, disse Roberto Smeraldi, diretor da organização Amigos da Terra – Amazônia Brasileira. Outra quantidade considerável desse material vai para o setor siderúrgico, para ser transformado em carvão. “As empresas que comercializam a madeira ilegal não cumprem a legislação trabalhista e nem ambiental. E quem consome estes produtos também está consumindo uma cadeia de destruição”, acrescentou Rubens Gomes, presidente da Rede GTA – Grupo de Trabalho Amazônico e conselheiro do FSC, conselho brasileiro de manejo florestal, cujo objetivo principal é promover o manejo e a certificação florestal no Brasil.
“O consumidor e o empresário precisam se preocupar em saber de onde vem o produto que ele consome”, disse Luciana. “Muitas empresas ainda não incorporam ativos e passivos ambientais em suas estruturas porque temem a competição. Mas a certificação deve ser o componente desta transformação cultural”, avaliou Smeraldi.
“A economia florestal vai além da certificação da madeira”, acrescentou o diretor do Amigos da Terra. “Queremos expandir essas possibilidades para os setores agrícola e pecuário. O Brasil importou o selo de certificação SFC para a madeira, mas no que se refere à agricultura, temos massa crítica para desenvolver nossos próprios critérios de certificação. E não estamos falando apenas de certificação para produtos, e sim para unidades produtivas.”
Segundo Paulo Nigro, da Tetra Pak, o selo SFC foi adotado em 2 bilhões de embalagens comercializadas pela empresa em 2009. Nigro acredita que 100% das embalagens estarão certificadas nos próximos três anos.
Punição x estímulo – O presidente do LIDE SUSTENTABILIDADE, Roberto Klabin, ao ser questionado sobre a possibilidade de se aumentar as penas para produtores que cometam crimes ambientais, respondeu que a idéia é aplicar as leis que já existem e, ao contrário de punir, levar a estas pessoas opções para estimulá-lo a agir corretamente. “Levar opções de ganho para estes produtores é nosso maior desafio. Penalizá-los criaria ainda mais resistência”, explicou Klabin.
O deputado federal Ricardo Trípoli (PSDB-SP), em sua participação no evento, afirmou que ainda há um grande preconceito por parte dos parlamentares no que se refere às questões ambientais. “Prova disso é a ameaça que sofre o novo Código Florestal brasileiro”, disse.
Na próxima semana, empresários ligados ao LIDE estarão em Brasília para tratar da questão da certificação com parlamentares.
Petrobras Biocombustível inaugura usina de biodiesel no Paraná
A inauguração contará com a presença do governador do Estado do Paraná, Orlando Pessuti.
Shell busca sua fatia do pré-sal
“Pretendemos perfurar em Santos no fim do ano, vai depender da disponibilidade de uma sonda. Estamos tentando viabilizar uma para explorar", afirmou vice-presidente de E&P da Shell Brasil, Marco Brummelhuis, após almoço-palestra na Britcham, no Rio de Janeiro. A petroleira possui 100% da concessão do BM-S-54.
Este não será, contudo, o primeiro poço da Shell no pré-sal brasileiro. A empresa deve atingir a nova fronteira com a perfuração do poço 3-SHEL22-ESS, que está sendo perfurado no campo de Nautilus, no Parque das Conchas, na parte capixaba da Bacia de Campos. O poço – que já indicou por duas vezes a presença de hidrocarbonetos – deve atravessar a camada de sal em até quatro semanas.
O Parque das Conchas está produzindo hoje entre 80 mil barris/dia e 90 mil barris/dia. A área já atingiu pico de produção de 92 mil barris/dia. A empresa pretende, com as campanhas exploratórias, ampliar a produção na área.
Franco tem 4,5 bi de barris
O poço de Franco (2-ANP-1-RJS), perfurado pela ANP para mapear a cessão onerosa de 5 bilhões de barris à Petrobras, possui volume recuperável de 4,5 bilhões de barris. Os dados foram divulgados pela agência nesta quarta-feira (12/5), como havia sido antecipado pelo EnergiaHoje. A ANP estuda agora a realização de um teste de formação para verificar a produtividade da área.
A avaliação da ANP levou em consideração os mesmo padrões de cálculos adotados para a área de Tupi, no bloco BM-S-11, que possui entre 5 bilhões de barris e 8 bilhões de barris, de acordo com estimativas da Petrobras.
“Parece se tratar de um dos poços de maior potencial já perfurado no país”, afirmou o diretor da ANP, Haroldo Lima. Franco foi perfurado a 41 km da área de Iara, em lâmina d´água de 2,189 m, e encontrou óleo com cerca de 30º API.
Queiroz Galvão pode abrir capital
A Queiroz Galvão Óleo & Gás estuda possibilidade de abrir seu capital, como forma de captar recursos no mercado. O negócio está sendo analisado pelo grupo há cerca de seis meses e poderá incluir também o desdobramento da empresa, com a separação das atividades de prestação de serviço e de óleo & gás, em duas companhias distintas.
A proposta em avaliação visa assegurar recursos, sobretudo, para a área de prestação de serviço, que deverá crescer substancialmente no curto prazo. Nos últimos seis anos, a Queiroz Galvão Óleo &Gás tem investido uma média de US$ 500 milhões.
“O crescimento dos investimentos é uma tendência que vem se firmando. O setor petróleo brasileiro oferecerá grandes oportunidades de negócio aos prestadores de serviço e será preciso estar preparado financeiramente para isso”, reforça Antonio Augusto Queiroz Galvão, presidente do grupo.
Segundo o executivo, ainda é cedo para se falar em valores, tendo em vista que o negócio não foi sequer aprovado. Caso seja confirmado, a operação poderá ser feita no fim do ano, sob o modelo de IPO ou de private placement. (C.S.)
Óleo novo em Nautilus
A petroleira anglo-holandesa Shell informou à ANP a existência de novos indícios de hidrocarbonetos no pós-sal do campo de Nautilus, no Parque das Conchas, na parte capixaba da Bacia de Campos. O poço 3-SHEL22-ESS foi perfurado pela sonda Artic 1 e atingiu profundidade final de 4.850 m, em lâmina d´água de 1.571 m.
O Parque das Conchas produz desde julho do ano passado. A área é explotada pelo FPSO Espírito Santo, que possui capacidade de produzir 100 mil barris/dia de óleo e comprimir 3,5 milhões de m³/dia de gás natural.
O Parque das Conchas engloba os campos de Abalone, Ostra, Argonauta- B-West e Nautilus. Os três primeiros campos fazem parte da primeira etapa do projeto, que entrou em operação e contará com nove poços produtores e um poço injetor de gás natural. A segunda fase terá como foco o projeto de Argonauta O-North.
O desenvolvimento do Parque das Conchas demandou US$ 3,3 bilhões. A Shell é operadora da área, com 50% de participação, tendo como sócios a Petrobras (35%) e a indiana ONGC (15%).
Saem contratos de Carabobo
O presidente-executivo da Repsol, Antonio Brufau, e o presidente da Chevron para a África e América Latina, Ali Moshiri, participaram da assinatura dos acordos, que também contou com a presença do presidente Hugo Chávez. A PDVSA terá 60% de participação nas empresas mistas criadas.
O consórcio liderado pela Repsol pagou ao estado venezuelano um bônus de US$ 1,05 bilhão, e o liderado pela Chevron, US$ 1 bilhão. O governo venezuelano acelerou as concessões na Faixa do Orinoco e deseja finalizar neste ano a seleção de sócios estrangeiros para se concentrar na produção.
Segundo Ramírez, apenas nessa Faixa da Venezuela estima-se a produção de 4,6 milhões de barris/dia em 2020. No ano seguinte, a produção total de petróleo na Venezuela será de 6,8 milhões de barris/dia, frente os 3 milhões de barris/dia atuais.
Chávez anuncia, pelo Twitter, afundamento de plataforma de gás
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciou no Twitter que uma plataforma de gás afundou no Mar do Caribe.
Chávez disse que a plataforma Aban Pearl afundou na madrugada desta quinta-feira (13) e que todos os 95 funcionários foram evacuados com sucesso.
Dois navios da Marinha estão patrulhando a área, segundo a mensagem.
O ministro da Energia disse que o incidente não representa nenhuma ameaça para o meio ambiente.
Twitter - Há poucos dias, Chávez disse que contratou 200 pessoas para ler as mensagens que recebe em sua conta de Twitter, aberta há pouco mais de uma semana.
A conta de Chávez já é a mais seguida do país com 255.374 mil seguidores no domingo, ultrapassando a da TV Globovision.
Com o nome de "chavezcandanga", a conta do presidente venezuelano tem atraído cerca de 20 mil novos seguidores diariamente.
A equipe de ajudantes de Chávez o ajudará a responder às mais de 50 mil mensagens que já recebeu.
12 de mai. de 2010
Poço do pré-sal pode ter 4,5 bi de barris e é um dos maiores, diz ANP
A estimativa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para o poço 2-ANP-1-RJS, que está sendo perfurado na costa do Rio de Janeiro para ampliar o conhecimento sobre o pré-sal (área profunda do oceano), aponta para volumes recuperáveis da ordem de 4,5 bilhões de barris de petróleo. A informação é da assesoria de imprensa da ANP.
De acordo com o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, "parece se tratar de um dos poços de maior potencial já perfurado no país". Segundo Lima, a descoberta reforça o otimismo do governo brasileiro em relação ao potencial da área do pré-sal, situada nas bacias de Campos e Santos.
O poço foi perfurado numa área com cerca de 400 km quadrados e detectou uma coluna com 272 m de espessura efetiva com petróleo. A avaliação levou em consideração os mesmos padrões de cálculos adotados para a acumulação da região de Tupi, da Petrobras.
A perfuração, que está sendo feita a 195 km da costa do Rio de Janeiro, em lâmina d´agua de 2.189 m, já comprovou a descoberta de óleo leve com cerca 30º API, 41 km a nordeste da estrutura denominada Iara. A ANP está estudando a oportunidade de efetuar de imediato os testes para verificar a produtividade do poço 2-ANP-1-RJS.
A ANP já deu início à perfuração do segundo poço, o 2-ANP-2-RJS, localizado a 32 km dessa primeira descoberta, na região chamada Libra, utilizando o equipamento NS-21.
Única em defesa do trabalho decente e das questões ambientais
A Unica – União da indústria de Cana de Açúcar – foi uma das estrelas. Marcos Sawaia Jank, presidente da entidade informou que os associados à Unica estão defendendo duas principais bandeiras: “trabalho decente” e questões ambientais
Jank disse que o Brasil é um país de economia de baixo carbono, apesar dos problemas de desmatamento e trabalho na lavoura. Também explicou, de maneira rápida, como surgiu o interesse em etanol. Há 35 anos, com a alta importação de petróleo, o Brasil buscou uma alternativa energética. Naquele momento começou o investimento no álcool.
“Hoje o Brasil é autoridade neste tema. Há geração de empregos verdes e maior alocação financeira, por causa da escassez do petróleo e da mudança climática”, disse. Um dado interessante, falado por ele, é de que a frota flex do Brasil será de 50% até o final do ano.
Queima – O presidente da associação comentou que, com a mecanização, será possível usar um terço a mais da cana de açúcar para a produção de etanol. E gerar eletricidade limpa. “Temos três Belo Montes adormecidas, apenas em biomassa”.
Ao ser questionado sobre o que fazer com as pessoas q perderão emprego, com a mecanização, ele disse que estas devem ser realocadas em outras atividades, do mesmo setor.
Brasil Ecodiesel apresenta resultados
· O lucro líquido foi de R$ 18,4 milhões e o Lucro Líquido Ajustado de R$ 7,5 milhões, contra R$5 milhões no trimestre anterior.
Desde junho do ano passado quando iniciou a reestruturação de capital e a retomada da produção, a Brasil Ecodiesel apresenta bons resultados e, no primeiro trimestre de 2010, não foi diferente. Os indicadores operacionais e financeiros melhoram sistematicamente e são mais uma evidência das transformações pelas quais passa a Brasil Ecodiesel, pioneira na produção de biodiesel. “O Direcionamento Estratégico segue pautando nossas ações. Da decisão dos ajustes de provisões, baixas e provisões no balanço de 2009 à busca de parcerias de médio prazo para garantirmos uma maior estabilidade na aquisição de matéria prima”, afirma Mauro Cerchiari, presidente da companhia.
A empresa vendeu 61.977 m3 de biodiesel, que representa um acréscimo de 6,23% sobre o trimestre anterior. Se no primeiro trimestre de 2009 a companhia registrou um prejuízo de R$18,7 milhões, agora, no 1T10, apresenta um Lucro Líquido de R$ 18,4 milhões. Já o Lucro Líquido Ajustado foi de R$ 7,5 milhões, contra R$5 milhões no quarto trimestre de 2009. O EBITDA foi R$ 23,4 milhões e o EBITDA Ajustado foi de R$ 12,6 milhões, enquanto no último trimestre foi de R$ 15,5 milhões. Neste trimestre houve uma receita proveniente de créditos acumulados de ICMS e que não deve se repetir nos próximos períodos. Dentro da política de transparência implementada pela administração e para permitir uma visão mais realista da performance da companhia, os resultados foram comparados com períodos anteriores usando uma receita líquida, lucro líquido e EBITDA ajustados para baixo, descontando essa receita não recorrente.
Já a receita líquida do primeiro trimestre foi de R$ 149,4 milhões enquanto a Receita Líquida Ajustada foi de R$ 138,6 milhões, a segunda da história da companhia, 8,2% maior do que os R$128 milhões no 4T09 e 225% maior do que a Receita Líquida do 1T09, que foi de R$ 42,6 milhões.Tanto as vendas quanto o faturamento da Brasil Ecodiesel aumentaram em relação ao trimestre anterior, na ordem de 6,23% e 8,56% respectivamente. A empresa conseguiu ainda a redução do endividamento de R$66,5 milhões (4T09) para R$ 65,8 milhões (1T10), mantendo o perfil de endividamento de longo prazo.
“É importante lembrar que passamos de uma dívida líquida de R$290,6 milhões no primeiro trimestre de 2009 para um caixa líquido de R$ 48,3 milhões no primeiro trimestre de 2010. Nossa recuperação foi uma mudança de cenário radical e nos dá sustentação para buscar novos desafios”, destaca Cerchiari.
Selo Combustível Social - Mesmo com os resultados financeiros positivos, a Brasil Ecodiesel ainda enfrenta desafios, como é o caso da suspensão do Selo Combustível Social nas unidades de Itaqui (MA) e Iraquara (BA) referente a 2007. A empresa contestou a decisão do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) via dois canais: o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ainda analisa o questionamento em relação ao processo administrativo. Já a Justiça Federal do Rio de Janeiro revogou a liminar que tinha sido concedida em favor da companhia no que diz respeito à homologação dos lotes não homologados no 17º leilão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), onde a Brasil Ecodiesel arrematou 24 mil metros cúbicos de biodiesel.
”Independente da decisão da Justiça do Rio, continuamos confiantes em manter, e até mesmo aumentar, o volume de vendas de biodiesel para o terceiro e quarto trimestres. Caso a decisão do processo no STJ não ocorra até a data do 18º Leilão da ANP, ou caso ela não seja favorável à companhia, a estratégia da Brasil Ecodiesel será de participar do leilão com as unidades de Iraquara e Itaqui nos lotes reservados às usinas sem Selo Combustível Social”, revela Cerchiari.
11 de mai. de 2010
Campanha "Saco é um saco ajuda a diminuir consumo de sacolas plásticas
As articulações do Ministério do Meio Ambiente pela campanha Saco é um Saco, lançada em junho de 2009, colaboraram para que pelo menos 600 milhões de sacolas plásticas fossem evitadas em todo o País
Em 2007, de acordo com a indústria do plástico, 18 bilhões de sacolas foram produzidas no Brasil. Já em 2009, o número caiu para 15 bilhões, uma redução de 16,66%. As articulações do Ministério do Meio Ambiente pela campanha Saco é um Saco, lançada em junho de 2009, colaboraram para que pelo menos 600 milhões de sacolas plásticas fossem evitadas em todo o País.
Mais de 195 mil sacolas retornáveis foram distribuídas por diversas empresas parceiras como Gol, Carrefour, Walmart, Kimberly-Clark e CPFL. Em 2010, espera-se que a redução chegue a 10%, o correspondente a 1,5 bilhão de sacolas plásticas. O programa também investiu em estratégias de internet voltadas para as mídias sociais, alcançando 619 seguidores no Twitter, 271 mil visitas no Blog e mais de 124,4 mil visualizações dos filmes no Youtube.
Durante os mais de 300 dias de campanha, a iniciativa contou com a ajuda de parceiros. Além de empresas, vários artistas como Xuxa, Maitê Proença, Cristiane Torloni, Júnior do AfroReggae e o surfista Teco Padaratz aderiram voluntariamente à causa, gravando campanhas que foram distribuídas para 40 rádios comerciais e 1.980 rádios comunitárias. Para a coordenadora técnica da campanha, Fernanda Daltro, o diferencial foi justamente ter conseguido agregar muitos parceiros e, principalmente, o impacto causado na sociedade.
LIDERANÇA ... SEGREDO PARA CRIAÇÃO DE VALOR
O ano está confirmando a expectativa de expansão dos negócios manifestada no final de 2009. Atração de investimentos do mundo para um Brasil eleito o emergente preferido, vendas internas no varejo subindo 5,9% segundo o IBGE, gastos record com viagens ao exterior superiores a US$ 6 bilhões, grandes fusões e aquisições em diversos setores da economia. Mercado aquecido, concorrência acirrada, crescimento disputado por gigantes ... A mensagem de ordem no meio empresarial é ... Criação de Valor.
Para a maioria das empresas é mesmo um novo ciclo que se instala, produzindo aquele conhecido efeito “alavanca” no gráfico de evolução de suas performances históricas. Demandas novas, inovações tecnológicas, ajustes de processos e produtividade, criatividade na concorrência, competências recicladas e acima de tudo um novo estilo de Liderança, com atributos redesenhados para esse momento. Baseado no princípio de que são as pessoas que dão vida às organizações, o estilo apropriado de Liderança transformará a “causa” de crescimento num significado de engajamento de todos na direção dos objetivos traçados, de forma perene, sustentável.
Há, entretanto, uma crise na busca de líderes com os requisitos alinhados ao DNA da empresa em fase de crescimento. Um amigo headhunter me confessou que em apenas um dia, neste mês de fevereiro, fechou (só ele) 6 projetos de busca de líderes para posições executivas de primeiro escalão com um perfil, segundo ele, escasso no mercado. Líderes, não gestores de processos e controles. Líderes com seguidores e formadores de líderes de líderes e não apenas “subordinados”.
Temos uma crença testada na prática de que a liderança requerida nos dias de hoje nas empresas que desejam ser vencedoras, de forma sustentável, baseia-se em três atributos: O líder deve ser (i) inspirador, (ii) exemplar e (iii) gerador de Valor.
A inspiração é a marca clássica da liderança quando consegue transformar uma idéia, num plano compartilhado, numa causa comum que estimule os liderados a serem seguidores entusiasmados e novos líderes da proposta. Vencer no mundo competitivo requer idéias inovadoras, para serem abraçadas como causa comum.
A postura exemplar torna-se cada dia mais essencial para que a credibilidade se instale e contagie todas as pessoas. O exemplo pressupõe Valores que se expressam nas atitudes do líder, em sintonia com os princípios da organização e do time. É a velha lição de Kouzes e Posner ... Se não acredito no mensageiro... nem quero ouvir a mensagem; ou ainda a máxima de que “a equipe segue primeiro o líder depois o plano”. O Eugênio Mussak conseguiu expressar o peso do exemplo na liderança com uma frase lapidar: “o que você é fala tão alto que não consigo ouvir o que você está dizendo”.
A criação de Valor é o resultado da liderança. Há uns meses conduzi um workshop com uma intrigante questão/tema: Líderes para quê? A resposta é exatamente essa. Primar por uma excelência inovadora nos processos é importante, mas o que garante o futuro do negócio são os resultados e nos dias de hoje essa expressão de sucesso se dá pela criação ou agregação de valor – expressão econômica do market value ou do “valuation” de uma companhia.
Em síntese, as organizações têm vida porque são compostas por gente, e seus objetivos só se concretizam pela ação comprometida dessas pessoas, puxadas por uma liderança inspiradora, exemplar e criadora de Valor. Quem crer e investir nessa direção se dará bem, garanto.
Arlindo Casagrande Filho
Diretor Corporativo de RH da CPFL Energia
10 de mai. de 2010
Ecom Energia cresce mais de 500% na comercialização de energia de PCHs e biomassa
BNDES, Petrobras e Light ESCO patrocinam maior congresso de racionalização do uso de energia
O COBEE deve atrair a presença de mais de 600 convencionais, representantes de empresas de eficiência energética, órgãos públicos, bancos, grandes usuários de energia e profissionais. O evento já conta com os 3 patrocinadores, 27 especialistas palestrantes confirmados para 16 painéis de debates, além de conferências e rodadas de negócios; prevendo também vários estandes de empresas do setor de conservação de energia que participam da ExpoEficiência 2010 (realizada em paralelo ao Congresso), tais como: Schneider Electric, Ação Engenharia, Petrobras, Heliotek, Horus, MGD, Iluminati e Intral e Econ Esco.
Temas:
Entre os muitos temas do congresso (que terá 2 dias de duração) estão novas tecnologias de eficiência no uso de energia sejam para equipamentos e ambientes industriais, comerciais, domésticos (incluindo condomínios e prédios); casos exemplares de empresas em economia de energia; exposição de opções de financiamento e apoio aos programas de redução e conservação de energia, além de projetos de crédito de carbono e comercialização dos excedentes de energia. Também em debate as matrizes alternativas (como energia solar, térmica, gás e outras), reuso de água, cogeração de energia com biogás e gestão de recursos energéticos. Por fim, as políticas publicadas serão examinadas, em especial o Plano Nacional de Eficiência Energética (PNEf), em desenvolvimento no Ministério das Minas e Energia, e que vai completar o PNE 2030 (plano Nacional de Energia), sendo importante ferramenta para o ambicioso objetivo nacional de economizar até 100 Terawatts-hora (TW/h) até daqui a vinte anos.
O evento recebe o apoio de 18 entidades como é o exemplo da Fiesp, CIESP e CNI, além da Abrace que reúne os maiores consumidores de energia do país (Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres).
SERVIÇO7ª Congresso Brasileiro de Eficiência Energética (COBEE)
ExpoEficiência Energética 2010
Dias 16 e 17 de junho de 2010Centro de Convenções do Novotel Center NorteSão Paulo - SP
Informações e inscrições
www.abesco.com.br
ABESCO
A Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia, Abesco, representa mais de 80% de todo o setor de preservação e economia de energia do País. Fundada em 1997, com abrangência nacional, a Abesco reúne 25 fabricantes de produtos e provedores de serviços de energia eficiente; instituições acadêmicas; agentes do setor energético; além de 60 empresas na categoria ESCO (de serviços de conservação de energia).
Entre as ESCO nacionais encontram-se desde consultorias especializadas em redução de consumo, até empresas inteiramente aparelhadas, e de portes variados, para promover a gestão eficiente no consumo de energia; todas aptas para atendimento e execução não importando o tamanho e setor de seus clientes.
VIII seminário de Petróleo e Gás na FGV - RJ
Empresa de varejo defende os três erres da sustentabilidade
Paulo Pompílio, do Grupo Pão de Açúcar (vencedor do prêmio Fecomércio de Sustentabilidade) fez sua apresentação no II Seminário de Sustentabilidade no Varejo, promovido hoje pela Fecomércio, pautando sua apresentação nas atividades desenvolvidas pela empresa, para garantir os três erres da sustentabilidade: Reduzir, Reutilizar, Reciclar.
Ele divulgou uma pesquisa realizada pelo Pão de Açúcar, mostrando que 79% dos clientes estão preocupados com meio ambiente, 52% com mudanças climáticas, 43% em usar o serviço do grupo por ser estimulado para isto e 37% preferem pagar mais, para ter qualidade.
Também informou que, entre outras ações, o grupo tem feito trabalhos de sustentabilidade, inclusive na área de saúde e educação. “Estamos ensinando nossos consumidores a consumir melhor, comprando bem”, comentou.
Em sua apresentação, ao falar sobre as famosas sacolinhas de plástico, distribuídas no supermercado e consideradas um grande problema ambiental, ele foi categórico. Disse que o problema está no destino final, quando este é apenas descarte e não reciclagem.
Seminário de sustentabilidade no varejo reúne especialistas
Está acontecendo hoje à tarde (dia 10 de maio) o II Seminário de Sustentabilidade Empresarial, promovido pela Fecomércio.
José Goldemberg, presidente do Conselho de Estudos Ambientais da Fecomércio iniciou os debates questionando o porquê da preocupação com sustentabilidade. Ele fez uma comparação entre o século XIX e hoje, com suas respectivas qualidades de vida e problemas mundiais. Também falou sobre a exaustão dos combustíveis fósseis, tecnologia e demais ações que podem destruir o planeta.
Foto: Fecomércio
9 de mai. de 2010
Pré-sal deve financiar energias renováveis, diz economista Ignacy Sachs
O senhor foi um dos formuladores do conceito de desenvolvimento sustentável e distingue esse termo de crescimento econômico. Pode explicar melhor essa diferença?
Sachs - Durante muito tempo, discutimos os impactos sociais do crescimento econômico, os positivos e os negativos. E a problemática ambiental não estava explícita. A Conferência de Estocolmo, em 1972, mostrou que era possível conciliar os objetivos sociais do crescimento econômico sem destruir o meio ambiente. Os objetivos do desenvolvimento são sempre sociais e éticos. Existe uma condição ambiental que deve ser respeitada se queremos deixar para as gerações futuras um planeta habitável e o terceiro pé do tripé é a viabilidade econômica. Para que as coisas aconteçam, temos que lhes dar a viabilidade econômica. Então saímos de Estocolmo com esse mantra.
Como está a conscientização da sociedade para que esses objetivos sejam alcançados?
Sachs - Todo mundo fala hoje de meio ambiente e, há algum tempo, da ameaça de mudanças climáticas irreversíveis. A preocupação agora é não tratar as mudanças climáticas como a bola da vez e botar embaixo do tapete a dimensão social. Nós temos que pensar simultaneamente como mitigar as mudanças climáticas sem abandonar o objetivo central do desenvolvimento, que é reduzir os problemas sociais não resolvidos, a começar pelos milhões de pessoas sem condições de ter um trabalho decente.
O mundo caminha para transformar as questões ambientais na bola da vez e esquecer a temática social?
Sachs - Estou vendo pelo menos esse tipo de movimento de ideias. Estamos ameaçados por uma catástrofe. Vamos fazer tudo para evitar essa catástrofe ambiental e o social virá depois. Posso lhe dizer que quando nos preparamos para a Conferência de Estocolmo, em 1972, havia a posição oposta. Aqueles que diziam: primeiro o social e, quando o Brasil tiver o nível de renda per capita do Japão, haverá tempo de sobra para se ocupar do ambiental. E estou reagindo contra essa idéia de dizer primeiro o social e depois o ambiental ou primeiro o ambiental e depois o social.
É possível citar países que estejam mais próximos do desenvolvimento sustentável?
Sachs - Eu insisto em não dar notas a países porque em todos eles há diferentes situações. Agora existem soluções triplamente ganhadoras. Eu posso muito bem imaginar, no Brasil, estratégias de desenvolvimento que passam pela valorização das biomassas terrestres e aquáticas dentro de uma economia voltada à geração de oportunidades de trabalho decente para os agricultores, para os produtores da biomassa e aqueles que estão empregados na sua transformação. Na medida em que consigo tocar essa música, eu vou ter um crescimento triplamente positivo. Eu vou utilizar a biomassa produzida em base sustentável, não estou propondo desmatamento da floresta amazônica, mas produção de biomassa em base sustentável.
Como está o Brasil dentro desse contexto?
Sachs – O Brasil é certamente um país que tem mais condições de avançar que outros, como um modelo de desenvolvimento que eu chamaria de biocivilizações modernas. Biomassa é alimento, ração animal, energia, material de construção, são os cosméticos, fármacos, são ainda as biorefinarias do futuro que vão substituir as refinarias de petróleo e gerar um leque cada vez maior de produtos derivados. O Brasil está entre os países que têm a maior biodiversidade do mundo. Em cima dessa biodiversidade, você joga biotecnologias nas duas pontas do processo, para aumentar a produtividade de biomassa e para abrir um leque de produtos derivados.
A descoberta das reservas do pré-sal no Brasil pode adiar a entrada no país na economia de baixo carbono?
Sachs - O que foi descoberto não dá para encobrir, mas o pré-sal deve financiar essa transição. Eu acho que o debate sobre isso está mal parado porque, em vez de discutir o que financiar, todo mundo começou a discutir qual é o estado que vai ganhar mais. O que sabemos de estudos de aproveitamento, ou de mau aproveitamento, dos royalties de petróleo no estado do Rio de Janeiro me faz pensar que o problema não está nessa questão. O problema é saber como fazer com que os recursos gerados pelo pré-sal sirvam como um trampolim para construir um plano de saída da energia fóssil ou, primeiro, da energia do petróleo.
O que está em debate é a utilização desses recursos, para educação, inovação, ciência e tecnologia....
Sachs - Sim, mas isso foi colocado de uma maneira tão geral que todo mundo está de acordo. Agora, que usos reais e o que financiar com esses recursos, eu acho que esse é um dos grandes temas de debate do Brasil para os próximos dez anos. Além disso, olha o desastre que acaba de acontecer no Golfo do México (vazamento de óleo ocasionado pela explosão de plataforma de petróleo em maio deste ano). Essa brincadeira de petróleo no fundo do mar requer muitíssima atenção do ponto de vista de tentar se evitar desastres.
Nesse novo cenário, o que a indústria deve fazer?
Sachs - O tema central é construir uma prospectiva de cenários de desenvolvimento industrial do Brasil baseados no aproveitamento múltiplo da biomassa. Tudo o que o que fizermos deslocando a produção dos espaços agrícolas limitados em escala planetária para novos espaços aquáticos que não estão sendo utilizados é uma solução. Quando se tem o litoral que vocês têm, a Amazônia, que tem ecossistemas com grande presença da alga, o pantanal mato-grossense e os lagos de represas, considerar a produção aquática deve ser um dos grandes objetivos. Vocês têm tudo para liderar nessa área.
Nessa mesma linha de raciocínio, temos ainda de pensar no aproveitamento da floresta em pé.
Sachs - Temos de ter estratégias para a Amazônia, para o semi-árido e para a produção aquática, que é a revolução azul. Se tivéssemos pelo menos esses três, já estaríamos razoavelmente bem. Eu acredito que, para a floresta em pé, existe uma proposta genérica que merece ser estudada em grande detalhe, que é a de adensamento de espécies úteis dentro da floresta. Modificar gradualmente a estrutura da floresta para que nela existam muito mais espécies úteis. Isso é uma grande proposta metodológica. Você tem uma castanha do Pará por hectare. Mas será que você não pode plantar cinco, dez, ou quinze castanhas naquele hectare? Assim você aumentará de dez a quinze vezes a coleta, sem mudar nada praticamente na floresta.
Que outras oportunidades uma economia baseada no uso múltiplo da biomassa pode gerar para a indústria?
Sachs - Haverá uma demanda por certos tipos de equipamentos padronizados em grande escala. E, dentro disso, há um tema que me parece extremamente importante para o Brasil, que é o de equipamentos móveis, flutuantes. Por exemplo, se eu vou produzir diferentes tipos de biomassas na Amazônia, eu posso produzir essa biomassa em pequena escala em povoações ribeirinhas. A questão é essa, se transportarei a matéria- prima bruta até as usinas que fazem o processamento ou se primeiro farei uma parte do processamento em lugares onde há a produção primária, com equipamentos que reduzirão drasticamente o volume a ser transportado. Eu acredito muito nessa segunda fórmula.