23 de mai. de 2010

Plano decenal prioriza autosuficiência e diversificação da matriz energética do País

O Ministério de Minas e Energia (MME) apresentou o Plano Decenal de Expansão da Energia (PDE 2010/2019). As principais diretrizes e prioridades do Plano incluem a autosuficiência energética, a hidroeletricidade e usinas da Amazônia, a diversificação da matriz energética, a inserção de fontes alternativas, como biomassa e eólica, os sistemas isolados da região Norte, bem como a transmissão entre regiões e bacias hidrográficas, e a viabilização da expansão do sistema energético nos próximos dez anos.

De acordo com o plano, divulgado nesta quinta-feira (20), todas as capitais do país estarão conectadas ao sistema interligado nacional, garantindo a todas os mesmos suprimentos até 2019. A matriz energética renovável ficou em 47,2% em 2009. Esse índice para os países desenvolvidos é de 7%.

Investimentos

O plano estima um investimento total na ampliação do parque energético nacional de R$ 951 bilhões, entre projetos nas áreas de energia elétrica, petróleo, gás natural e biocombustíveis. Desse total, R$ 672 bilhões estão previstos para o setor de petróleo e gás natural, já contando com a exploração, produção e distribuição.

O PDE 2010/2019 prevê, ainda, investimentos no setor elétrico da ordem de R$ 214 bilhões nos segmentos de geração e transmissão de energia elétrica, sendo R$ 175 bilhões em geração elétrica e R$ 39 bilhões em transmissão de energia elétrica. Quanto aos biocombustíveis até 2019, estão previstos investimentos de R$ 66 bilhões, representando 7% dos investimentos totais na expansão de energia.

Projeções
No período de 2010 a 2019, foi projetado um crescimento da demanda de energia elétrica de 5,1% ao ano, o que torna necessário agregar anualmente o equivalente a 7.100 MW de nova capacidade. Desse total da expansão, 79% se dá por fontes renováveis, o equivalente a 55.800 MW.

Em relação a Angra III, o relatório mostra que a usina está prevista para entrar em operação em 2015. Na área do petróleo, a previsão é que até 2019 a produção salte dos atuais 2 milhões de barris/dia para 5,1 milhões barris/dia. Já a produção brasileira de gás natural deve chegar a 116 milhões de m3/dia em 2019. Atualmente, a produção é de 56 milhões de m3/dia. A previsão para expansão do etanol é de 64 bilhões de litros até 2019. Em 2009 foram produzidos 26 bilhões de litros.

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